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Resenha do Bonde

'Como Treinar o Seu Dragão' mostra que dá sim para fazer remake bom

Lucas Giroto - Estagiário*
09 jun 2025 às 17:45

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Dragões e vikings são conceitos muito bem explorados e apreciados na cultura pop. Mas a junção dessas duas ideias em um único filme resultou naquela que seria uma das melhores animações dos últimos 15 anos, continuando em uma franquia de mais duas sequências excelentes - além de séries animadas. Agora, seguindo a onda de reciclagem cinematográfica que diversos estúdios têm dado para suas animações de grande sucesso, a DreamWorks - empresa responsável pela franquia - entra na dança junto com a Disney e traz de volta "Como Treinar o Seu Dragão" para sua versão realista, no live-action que estreia esta semana nos cinemas.


O Portal Bonde assistiu ao filme na manhã do último sábado (7), a convite do Cine Araújo de Londrina, que exibiu sessões especiais de pré-estreia para jornalistas e influenciadores.

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Neste primeiro projeto, a DreamWorks alça um voo ascendente com um longa-metragem cheio de carisma, emoção, nostalgia, alma e, principalmente, a almejada fidelidade que obras adaptativas tanto querem reviver. A edição de 2025 carrega o peso do original de forma sólida e consistente, reacendendo a emoção tanto daqueles que já conhecem a história de Soluço (Mason Thames) e Banguela ou mesmo quem, pela primeira vez, é apresentado à ilha de Berk e seus bravos habitantes caçadores de dragões.

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Dando peso aos poderosos dragões e uma atenção detalhada para cenário e figurino, a produção entrega um mundo fantástico, belíssimo e, principalmente, crível. Diferentemente de uma animação, onde a suspensão da descrença é fácil de ser sustentada, os desafios de transportar animais caricatos - sem que perdessem suas características - para uma versão realista, torna-se um grande obstáculo nas mãos das equipes de efeitos visuais. Mas, nesse caso, cada dragão permanece tendo seus tons cartunescos, agora, ganhando texturas realistas e 'gravidade' nos movimentos - sendo possível sentir o forte impacto da força desses enormes répteis alados. Dentre eles, a estrela que recebe uma atenção redobrada é Banguela, o poderoso e lendário "Fúria da Noite", co-protagonista desta jornada que ganha uma reencarnação idêntica à sua primeira versão, de 2010, mantendo o visual clássico com grandes olhos expressivos e feições felinas. O resgate da primeira versão se estende também nas roupas e cenários, reproduzindo quase que na escala 1:1 as decisões artísticas do primeiro longa - prato cheio para aqueles que gostam de comparações.

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Outra pérola está no elenco, uma sucessão de boas escolhas em 'casting' - setor responsável pela escolha de atores - que resultou em intérpretes tão sintonizados com a essência de seus personagens que, por vezes, pareciam melhoramento gráfico extremo de suas versões animadas. Mason Thames consegue entregar um jovem e desafortunado Soluço que, aos poucos, vai ganhando coragem e conquistando sua própria confiança, de Banguela e seu pai, o imponente líder viking, Stoico - novamente vivido por Gerald Butler que, diferente do original, além de entregar sua voz, dá pela primeira vez seu rosto ao personagem. Nico Parker (Astrid) e Nick Frost (Bocão) também se juntam às interpretações de destaque, adicionando o apoio que o protagonista e a história precisam para chegar em seus ápices. Uma menção honrosa precisa ficar com o grupo de jovens caçadores: Melequento (Gabriel Howell), Perna-de-Peixe (Julian Dennison) e a dupla de gêmeos Cabeça-dura (Harry Trevaldwyn) e Cabeça-quente (Bronwyn James); que carregam uma forte veia cômica do filme, com piadas bem colocadas e que, realmente, funcionam.


Todos esses fatores, somados, podem ser atribuídos ao excelente trabalho de direção desenvolvido por Dean DeBlois, que, além de assumir as rédeas da produção, ajudou no processo de roteirização ao lado de Cressida Cowell - escritora do livro original em que “Como Treinar o Seu Dragão” é baseado - e William Davies - roteirista da animação clássica. DeBlois também co-dirigiu o original de 2010 e as duas sequências da trilogia. Todo esse tempo ajudando a desenvolver a franquia, auxiliaram DeBlois a entender não apenas o rumo que a história deve tomar, mas aquilo que dá vida à ela, sua 'alma'. Lapidando a edição, atuação, fotografia e todas as áreas de uma produção cinematográfica para entregar em tela, 15 anos depois, a mesma apaixonante história de um menino que, em sua incapacidade de se encaixar no mundo, encontra em seu 'inimigo', uma amizade que desperta o melhor em ambos.

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“Como Treinar o Seu Dragão” (2025) parecia ser só mais um, na fila das incontáveis reciclagens cinematográficas que os grandes estúdios hollywoodianos têm investido para lucrar novamente com animações populares e amadas, levando, mais uma vez, seus fãs para os cinemas. Porém, o primeiro passo da DreamWorks nesse cenário se mostrou promissor. Sim, o objetivo continua sendo o mesmo - lucrar revivendo um clássico com uma nova ‘embalagem’ - mas a forma como essa ‘reciclagem’ é feita em “Como Treinar o Seu Dragão” (2025) é diferente, sua fidelidade é um resultado excelente daquilo que, exatamente, se propõe. Uma nova versão, de uma história que sempre vamos amar ver mais de uma vez.


A sensação de ‘morder a língua’ é sempre boa quando aquilo que duvidava supera - positivamente - suas expectativas. Esse foi o pensamento que permeava quando os créditos subiam e, ao final, não desejava encontrar uma tela preta, mas o início da continuação - já confirmada, com previsão para junho de 2027.


*Sob supervisão de Guto Rocha


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